segunda-feira, 1 de junho de 2009 Y 16:23
Era manhã de 1º de Abril e parecia que a aula de Geometria não ia acabar nunca. Um dia comum. Até que a R. resolve animar um pouco as coisas. Me vê dormindo na última carteira e manda um bilhete pro A., de pegadinha do dia da mentira. O papel foi passando de mão em mão e, como intimidade é mesmo uma porcaria, todo mundo leu. Bilhetinho vai, vêm, e chega na mesa do destinatário, que responde de volta, meio sem jeito: “Ah, é só marcar...” À uma altura dessas, a sala inteira já tinha esquecido as bissetrizes e ria descontroladamente. Acordei com a barulheira, mas, tonta de sono, fiquei sem entender. O professor, vendo a confusão, intercepta o papel e lê o que estava escrito: “Você quer ficar com a L.?”. A gargalhada foi geral e eu, que só agora estava consciente o suficiente pra sacar o que tinha acontecido, fiquei vermelha como um tomate, saltei da carteira e, junto com a R. e o A., fui mandada pra diretoria. Uns sábados depois, não sei se com ou sem a ajuda do bilhete, mas certamente com uma mãozinha da R., o A. e eu ficamos. É... Acho que às vezes um king kong básico é mesmo empurrãozinho que a gente precisa.
(pauta pra revista - qual o maior mico que você já pagou?)