quinta-feira, 2 de abril de 2009 Y 13:06
Esqueça super-força, hiper-velocidade e ultra-visão. Armada só com uma língua afiada e muitos pares de stilletos, a minha heroína, ainda que fictícia, inspirou muitas mulheres. Sua caverna secreta ficava num divertido lugar chamado Manhattan e sua liga da Justiça atendia pelo nome de Samantha, Charlotte e Miranda. Nunca foi milionária nem teve mordomo. Sua kriptonita era os homens. Alguns a chamavam de fútil. Eu sempre a achei corajosa. Não é qualquer um que faz suas escolhas na vida sem levar a opinião dos outros em consideração.
Ela era divertida, inteligente, fazia o que gostava, viveu como quis, se apaixonava todos os dias, fosse por alguém, pela cidade ou pelas roupas das vitrines. Caiu na mesma conversa de um mesmo cara várias vezes. Usava os vestidos mais lindos possíveis. Quebrou records de audiência, começou tendências (ou você acha que foi a Siri do BBB quem inventou a flor no cabelo?), lançou moda. Tudo isso sem descer dos seus Manolos. Feito esse que Super-Homem nenhum no mundo conseguiria. Carrie Bradshaw, você é a heroína de todas nós!
(pauta para o site: Quem é o seu herói?)
Assim como existe todo tipo de gente, existe todo o tipo de professor. Aquele tão novinho que parece um aluno. O que conta histórias sem noção. O super-inteligente que não sabe ensinar. O maluquinho, o que fala rápido demais, e por aí vai. Não importa se são legais, antipáticos, se sabem ou não o seu nome. Todos merecem igualmente o seu respeito. O problema é que todo mundo confunde esse tal respeito com obediência. Obedecer, no caso, é silenciar por bom senso. Alguém que fica calado pra não sair de sala. O professor que não chama o aluno de moleque pra não perder o emprego. Só que ninguém agüenta obedecer por muito tempo.Silêncio por respeito é diferente, não tem validade. Ele é a consciência de que, dentro de uma sala de aula, aquele cara simpático que freqüenta os churrascos de fim de ano da turma é uma figura de autoridade e deve ser tratado como tal, ainda que isso signifique engolir alguns sapos. Assim como ele também deve ter admiração por você e sempre lhe chamar pelo nome( mesmo quando você estiver mesmo sendo um moleque).
Pra mim é isso que falta na educação. Mais respeito, menos obediência
( pauta para a revista: Mais respeito aos professores?)